Especial
Nosso meio ambiente vem sendo ultimamente bastante maltratado pela própria população. Apesar da natureza dispor de elementos abundantes e de ciclos totalmente generosos para conosco, os números desses maus tratos vem sendo alarmante e, prejudicam a saúde pública, não só nacional, mas mundial. Entre os maus tratos mais visíveis estão: a poluição de rios demasiadas, as queimadas, e o desmatamento. As duas últimas serão os assuntos abordados na reportagem especial da revista.
Os principais motivos das queimadas são o cultivo agrícola como soja, mas também a limpeza de pastos, disputas fundiárias e até por atos vândalos, que justificam a ação como protesto social, soltando balões de São João. Numa primeira instância, as queimadas funcionam como fertilizantes do solo, já que as cinzas são transformadas em nutrientes, em contrapartida, a queimada sucessiva deste mesmo solo o empobrece, pois, mata o mesmo microorganismo que lhe fez fértil.
Ainda, causa o desaparecimento da biodiversidade e muitos casos a extinção absoluta de animais já que muitos deles ainda sequer foram identificados pelo homem – o qual é o principal prejudicado, pois também reduz o ciclo de eliminação de CO2 da atmosfera feito pelas plantas e consequentemente o aumento do aquecimento global.
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Presidente Figueiredo e Itacoatiara são os municípios do estado do Amazonas que mais possuíram focos de queimadas durante o período anual de 2009. O que vem sendo combatido pelas autoridades através de fiscalizações, que são feitas diariamente. Constata-se que as queimadas são mais detectadas durante o período noturno, no entanto, é possível ver queimadas durante qualquer horário do dia.
"O Pulmão do Mundo"
Ao contrário do que muitos afirmam a floresta amazônica, em geral, não pode ser considerada como o pulmão do mundo, pois, mesmo que haja a absorção de CO2, por conta da fotossíntese, durante a noite, há o processo inverso, ou seja, o da respiração – absorção de oxigênio (O2) e liberação de gás carbônico (CO2) -.
Em contrapartida não há um equilíbrio perfeito já que ocorre mais liberação do que absorção de CO2. Através das queimadas e do processo de reflorestamento, é que se pode tentar chegar a um equilíbrio, porque o reflorestamento beneficia o meio ambiente, por conta da absorção de CO2 – Em processo de crescimento, as plantas absorvem mais CO2 para estruturação da sua matéria orgânica a qual as plantas são constituídas -. Já as queimadas liberam o gás carbônico prejudicando ainda mais o clima da Terra.
"Exportação de Madeiras"
Segundo o Ministério do Meio Ambiente e IBAMA, 86% da madeira extraída no Brasil é ilegal, e menos de 10% dessa madeira comercializada não degrada. Ainda que os dois órgãos federais fiscalizem, não se é possível identificar todos os comércios de madeira na Amazônia e no Brasil todo.
Em geral, cortam-se árvores durante a vazante e espera-se até a cheia para que se transportem as toras de madeiras mais facilmente. Alguns trabalhadores de serrarias e madeireiras defendem o corte com alternativa para alimentar seus familiares, porém em estatísticas os números chegam a ser alarmantes, ao passo que se derruba, para o aumento da quantidade de áreas voltada à agricultura, e para a comercialização da madeira.
Outro problema também visado pelas as autoridades é o crescimento populacional, a qual tem provocado a diminuição das áreas verdes. Constroem-se condomínios, e pólos industriais, rodovias, entre outros, em áreas enormes de floresta.